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Mio Cid e D. Sebastião

Construções de unidade e diferença nas literaturas ibéricas do século XX

by Lydia Schmuck (Author)
©2016 Thesis 312 Pages
Series: passagem, Volume 9

Summary

Mio Cid e D. Sebastião são figuras centrais no discurso identitário da Península Ibérica. Sobretudo no século XX, marcado por transformações políticas, servem para tomar posição relativamente à situação nacional. O estudo investiga, de uma perspectiva ibérica, o recurso às figuras míticas nas literaturas espanhola e portuguesa do século XX. Exploram-se, por um lado, as construções mútuas de identidade e alteridade e, por outro, os temas que se discutem mediante estas figuras. Situada na intersecção dos Estudos Literários com a Sociologia, a análise centra-se na manifestação literária do discurso mitológico, na sua relação com outros temas e no seu posicionamento no contexto sociopolítico.

Table Of Contents

  • Cobertura
  • Título
  • Copyright
  • Sobre o autor
  • Sobre o livro
  • Este eBook pode ser citado
  • Agradecimentos
  • Índice
  • 1. Introdução
  • 2. Bases teóricas e metodológicas
  • 2.1 Fundamentação dos conceitos analíticos
  • 2.1.1 A concepção de identidade
  • 2.1.1.1 Identidade como construção posterior
  • 2.1.1.2 Identidade colectiva: entre construção de unidade e construção de diferença
  • 2.1.2 Literatura como lieu de mémoire nacional
  • 2.1.2.1 Memória – lembrança – esquecimento cultural
  • 2.1.2.2 Memória comunicativa e memória cultural
  • 2.1.3 Literatura como lieu de encenação da identidade nacional
  • 2.1.3.1 Lembrança e esquecimento
  • 2.1.3.2 Possibilidades da encenação da memória colectiva
  • 2.1.3.3 O mito como meio de identificação colectiva e o herói como mito
  • 2.2 Fundamentação dos métodos analíticos
  • 2.2.1 Análise de discurso
  • 2.2.2 Imagologia literária
  • 2.3 Questões analíticas e procedimento metodológico
  • 3. D. Sebastião e o sebastianismo
  • 3.1 O mito sebástico na sua origem histórica
  • 3.2 O sebastianismo no discurso literário português do século XX
  • 3.2.1 O sebastianismo como forma simbólica: Mensagem de Fernando Pessoa
  • 3.2.2 Individualização e interiorização do sebastianismo: El-Rei Sebastião de José Régio
  • 3.2.3 Um anti-herói, três críticas sociais: O Indesejado de Jorge de Sena
  • 3.2.4 O sebastianismo como encenação dos poderosos e dos escritores: O Encoberto de Natália Correia
  • Excurso: Erros meus, má fortuna, amor ardente de Natália Correia
  • 3.2.5 Uma Historiografia alternativa: Memorial do Convento de José Saramago
  • Excurso: Que farei com este livro? de José Saramago
  • 3.2.6 O sebastianismo como suicídio colectivo: As naus de António Lobo Antunes
  • 3.2.7 O sebastianismo como masoquismo colectivo: O conquistador de Almeida Faria
  • 4. Rodrigo Díaz de Vivar e Mio Cid
  • 4.1 O mito cidiano na sua origem histórica
  • 4.2 O mito cidiano no discurso literário espanhol do século XX
  • 4.2.1 Cid e Jimena como pais de Castela: Las hijas del Cid de Eduardo Marquina
  • 4.2.2 O mito cidiano como religião espanhola: O poema 1294 [Cristo del Cid] de Miguel de Unamuno
  • 4.2.3 O Cid como combatente por uma ‘España de las tres religiones’: Mio Cid de Salvador de Madariaga
  • 4.2.4 Rodrigo e Jimena como símbolo da unidade espanhola: El amor es un potro desbocado de Luis Escobar
  • 4.2.5 A esposa de Cid como nova heroína: Doña Jimena Díaz de Vivar de María Teresa León
  • 4.2.6 O mito cidiano como tragédia da vida: Anillos para una dama de Antonio Gala
  • 4.2.7 A cerimónia pânica como meio de desconstrução do mito cidiano: Oye, patria, mi aflicción (La Torre de Babel) de Fernando Arrabal
  • 5. Avaliação dos resultados e conclusão
  • Bibliografia

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1.  Introdução

[P]ouco disposto a tolerar irridências, por muito disfarçadas que
se apresentem, havendo mesmo quem diga, com acerba ironia,
e tenha posto a correr, que nada disto teria acontecido se Portugal
fosse do lado dos Pirenéus, e melhor ainda, se ficasse agarrado a
eles ao dar-se a ruptura, seria a maneira de acabar, de uma vez
para sempre, pela redução a um só país, com esta dificuldade de
ser ibérico […].

José Saramago: A jangada de pedra

José Saramago descreve no seu romance A jangada de pedra a separação da Península Ibérica do continente europeu. Por razões desconhecidas, a península converte-se numa ilha que flutua como jangada de pedra no oceano. Como Espanha e Portugal não ficam separados pela ruptura, mas encontram-se antes ‘no mesmo barco’, este fenómeno natural dá o impulso para os dois países enfrentarem a «dificuldade de ser ibérico» (SARAMAGO 1998a: 283).

Esta descrição irónica de Saramago coloca o enfoque nas relações hispanoportuguesas que, apesar da proximidade não só geográfica, mas também cultural, seriam marcadas por uma falta de informação e intercâmbio entre os dois países. Esta falta de intercâmbio espelha-se também no campo científico. Existem poucos estudos que foquem a relação entre Portugal e Espanha. Animar o intercâmbio e complementar esta carência na literatura científica foram os objectivos principais do projecto de investigação Contacto de culturas conflito de culturas: construção e elaboração literária das relações hispano-portuguesas, desenvolvido na Universidade de Basileia sob a direcção de Tobias Brandenberger. O presente estudo faz parte deste projecto, que retoma a ideia fulcral da secção «Portugal e Espanha: encontros e desencontros», dirigida por Tobias Brandenberger e Henry Thorau, no V Congresso da Associação Alemã de Lusitanistas em Rostock.1 Influem na minha análise as experiências e os conhecimentos obtidos durante o trabalho no projecto e, em particular, no nosso colóquio internacional «Portugal e Espanha. A Construção do outro», que ofereceu a possibilidade de discutir a temática e trocar ideias com investigadores dos dois países.2

O presente trabalho de investigação situa-se na intersecção entre a Sociologia (Cultural Identity Studies e Cultural Memory Studies) e os Estudos Literários ← 11 | 12 → (Literaturas portuguesa e espanhola do século XX). Ainda que muitas investigações tenham sido realizadas na área da configuração literária de uma identidade portuguesa ou espanhola,3 quase não se efectuaram estudos comparativos entre estes dois países, nem se tomou em consideração a influência do vizinho na produção literária própria.4 Abordando a temática a partir de uma perspectiva ibérica, este estudo insere-se nos Estudos Ibéricos, tal como foram propostos por Joan Ramon Resina.5

O nosso trabalho de investigação parte da ideia de que a construção de identidade significa sempre uma criação de alteridade; auto-imagem e hetero-imagem encontram-se ligadas uma à outra e determinam-se mutuamente. No entanto, a escolha (consciente ou inconsciente) do colectivo, da nação, que serve de contraste para a própria identidade, que desempenha o papel do Outro significativo (significant other), depende da necessidade de se diferenciar. Por isso, não só a ← 12 | 13 → existência, mas também a carência de um conceito de alteridade para um certo colectivo, num determinado período, espelha a percepção do Outro.

Os conceitos de unidade e diferença manifestam-se nos discursos do colectivo. Visto que em Portugal o rei D. Sebastião desempenha um papel fundamental na auto-descrição, e o mesmo acontece também com a figura de Rodrigo Díaz de Vivar, Mio Cid” em Espanha, o presente estudo foca estes discursos mitológicos, ainda que para ambos os países existam outros mitos influentes na auto-descrição. O enfoque particular sobre estes dois explica-se pelo seu valor especial quanto à construção de uma identidade sociopolítica que se evidenciou em análises prévias. Sendo a literatura um meio onde se manifestam os discursos de um determinado colectivo, a base do presente estudo são as literaturas portuguesa e espanhola. O período da História focalizado é o século XX; em primeiro lugar por ser um século particularmente marcado por transformações políticas e, em segundo, porque se opera, nessa altura, uma mudança radical quanto ao recurso a mitos nacionais. Devido ao facto de existirem múltiplos textos que tematizam os dois mitos nacionais, foi necessário escolher. Os critérios principais para a selecção de textos foram a variedade e originalidade quanto à recorrência ao mito e a extensão temporal dentro da época em questão.

O objectivo deste trabalho de investigação é analisar porquê e para que se recorre, num determinado período, a mitos nacionais, para depois elaborar a função e funcionalização das figuras heróicas para a construção de unidade e diferença na Península Ibérica. Por se tratar de uma questão interdisciplinar, combina-se aqui uma reflexão teórica de concepções provenientes da Sociologia e das Ciências Culturais com a análise de discurso, baseada na teoria de Michel Foucault, e com técnicas das Ciências Literárias, particularmente da Literatura Comparada.

Numa parte teórica, elaborar-se-ão os conceitos e métodos básicos para este trabalho. Mostrar-se-á primeiro a duplicidade do conceito de identidade e a particularidade da auto-descrição colectiva. O facto de a memória ser a base de cada auto-descrição cria a necessidade de uma explicação deste conceito; dentro da memória de um colectivo delimitar-se-ão a memória comunicativa e a cultural. O foco na necessidade de uma encenação da identidade, e portanto da memória, servirá depois para explicar a função dos mitos na auto-descrição colectiva. Depois da elaboração dos conceitos teóricos básicos para a temática deste estudo, seguir-se-á uma fundamentação dos métodos científicos deste trabalho: a análise de discursos mitológicos e a imagologia literária. À luz destas teorias, deduzir-se-ão as questões analíticas que conduzem ao procedimento metodológico. ← 13 | 14 →

Com base nesta reflexão teórica e metodológica, analisar-se-ão os textos literários escolhidos para elaborar a função dos discursos mitológicos na construção identitária. Abordar-se-á, primeiro, a função do mito sebastianista nas obras escolhidas da literatura portuguesa e, seguidamente, a recorrência ao mito cidiano na selecção de obras da literatura espanhola. Um balanço final servirá para avaliar e comparar os resultados das análises para chegar a uma conclusão final e para poder dar uma resposta à pergunta central: Qual é a função das figuras mitológicas Mio Cid e D. Sebastião na construção literária de unidade e diferença na Península Ibérica?


1 As actas desta secção foram publicadas em: BRANDENBERGER/THORAU 2005.

2 Para as actas do colóquio ver BRANDENBERGER/HASSE/SCHMUCK 2009.

3 Cf., para a literatura portuguesa, entre outros, FONSECA 2012; FERNANDES 2011; RAMALHO/RIBEIRO 2002; TOBIAS 2002; SIMONE/THORAU 2000, e para a espanhola, por exemplo, ANDRéS-SUÁREZ 2011; DAHMEN et al. 2006: cap. II: «Literatura e identidade / Literatur und Identität»; VILCHES DE FRUTOS 2008 e 2005; VARELA IGLESIAS 1989.

4 Entre os poucos estudos comparativos destacam-se SÁEZ DELGADO 2012; CUNHA 2005: 51–67: «Portugal e Castela» e 69–79: «Portugal e a Galiza». Foi apenas nos últimos anos que se deram passos significativos neste sentido. Um avanço importante no caminho dos Estudos Ibéricos foi a constituição do grupo de investigação Diálogos Ibéricos e Iberoamericanos (DIIA) em 2008 no Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (www.comparatistas.edu.pt), que culminou no VI Congresso Internacional de ALEPH (Asociación de Jóvenes Investigadores de la Literatura Hispánica) em 2009 na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Para as actas do congresso, cf. http://www.asociacionaleph.com/files/actas/ActasVICongreso.pdf. Outro passo importante foi o Congresso internacional Las relaciones entre las literaturas ibéricas em 2009 na Universitat Pompeu Fabra (Barcelona). As actas foram publicadas em 4 volumes, sendo o terceiro especialmente dedicado à literatura ibérica: Interacciones entre las literaturas ibéricas (LAFARGA/PEGENAUTE/GALLÉN 2010), veja-se particularmente o estudo de Daniel-Henri Pageaux incluído nesse volume (PAGEAUX 2010).

5 Destacando a ligação sociocultural da Peninsula Ibérica – a par das diversas relações com outras culturas –, Joan Ramon Resina manifesta-se a favor de Estudos Ibéricos: «Lo que ofrece esta propuesta es un marco epistémico que ni es arbitrario en su alcance ni amputa contenidos desarrollados en la longue durée cultural de la Península. La apertura de foco que tiene lugar con la instauración del marco pone al descubierto interrelaciones que de ordinário escapan a la mirada del hispanista [o lusitanista], por no entrar en su sistema de relevancias y no ocupar, por tanto, lugar en el metarrelato disciplinar» (RESINA 2009: 47).

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2.  Bases teóricas e metodológicas

Une nation est un principe spirituel, résultant des complications profondes de l’histoire, une famille spirituelle, non un groupe déterminé par la configuration du sol.

Ernest Renan: Qu’est-ce qu’une nation?

2.1  Fundamentação dos conceitos analíticos

2.1.1  A concepção de identidade

2.1.1.1  Identidade como construção posterior

Partindo da ideia social construtivista (BERGER/LUCKMANN 1967), este estudo foca-se na identidade colectiva como construto social. Para analisar o modo como a literatura nacional constrói e/ou manifesta a identidade de uma determinada nação,6 torna-se necessário definir primeiro o conceito de identidade. Trata-se de uma noção fundamental da sociologia e da psicologia, derivada da palavra latina idem (o mesmo). Do ponto de vista sociológico, a identidade é definida como auto-consciência das pessoas em relação à pertença social, individualidade e situação própria:

[…] das mit unterschiedlichen Graden der Bewußtheit und Gefühlsgeladenheit verbundene Selbstverständnis (Selbstgewißheit) von Personen im Hinblick auf die eigene Individualität, Lebenssituation und soziale Zugehörigkeit. (HILLMANN 1994: 350)

Esta noção ganhou importância na psicologia individual pela primeira vez nos finais dos anos quarenta do século passado. Uma das obras mais importantes para a difusão do conceito de identidade é a de Erik H. Erikson, que criou a expressão I-identity. Partindo das divergências conceptuais entre I e Me surgidas com a obra de George H. Mead, Erikson fala posteriormente de psychosocial identity ou somente de identity (cf. ERIKSON 1959). Conclui-se, então, que no ← 15 | 16 → início se tratava exclusivamente do conceito de identidade individual, e que só muito mais tarde seria considerada também a identidade de grupos ou de colectivos sociais. Actualmente, distingue-se entre identidade pessoal (ou individual) e colectiva. No entanto, ainda existem, na literatura científica, diferentes termos para o conceito de identidade colectiva. George H. Mead (1972) e Erving Goffman, por exemplo, aplicam a expressão social identity na acepção do mesmo fenómeno.7 Goffman distingue ainda entre virtual social identity, uma caracterização através de uma retrospecção latente, e actual social identity, uma descrição baseada nas características realmente prováveis (cf. GOFFMAN 1963: 2). Este estudo parte da ideia de que cada construção de identidade implica normalmente uma retrospecção.

Uma característica fundamental da identidade, seja pessoal ou colectiva, é a sua construção social. Não existe nenhuma identidade dada a priori, trata-se de um construto que se realiza posteriormente. Jan Assmann sublinha a inexistência de uma identidade natural: «“Naturwüchsige” Identität gibt es nicht» (ASSMANN 1997: 132). Neste mesmo contexto, Hahn fala de uma suposição de identidade ([Identitäts-]Unterstellung) (HAHN 2000b: 13). Segundo Berger e Luckmann, a identidade constrói-se através de processos sociais e, sendo construída, manifesta-se ou transforma-se em processos sociais.8 A identidade não é, portanto, um conceito fixo, senão um processo inacabado. Frente a novos acontecimentos e experiências, a identidade forma-se e reforma-se continuamente (cf. STRAUB 1998: 93–95). Por conseguinte, a identidade implica sempre inconstância e imprevisibilidade. Esta instabilidade representa até uma condição necessária, porque é graças a essa característica que a identidade se (re-)constrói permanentemente (cf. STRAUB 1998: 94). Hartmann Leitner reforça esta afirmação apontando que a identidade só representa uma unidade das suas diferenças (Einheit ihrer Differenzen) (LEITNER 1990: 315–359). ← 16 | 17 →

2.1.1.2  Identidade colectiva: entre construção de unidade e construção de diferença

O termo identidade colectiva é, até certo ponto, uma expressão enganadora, porque dá a impressão de se tratar de um conceito desligado dos indivíduos. Mas não existe nenhuma identidade que seja independente dos indivíduos. Berger e Luckmann desaconselham até a utilização desta misleading notion, já que esta poderia implicar uma hipóstase objectivadora (BERGER/LUCKMANN 1967: 194) do conceito de identidade. Alois Hahn chama identidade participativa (partizipative Identität) (HAHN 2000b) a essa parte da identidade de um indivíduo que se baseia na pertença (real ou imaginada) a um grupo. É esse o elemento da identidade individual que lança as bases de uma identidade colectiva e que representa uma conditio sine qua non. Contudo, uma identidade colectiva pode formar-se somente quando existem indivíduos que se identificam com um colectivo. Jan Assmann define a identidade colectiva como uma imagem que um grupo cria de si mesmo e com a qual os membros do grupo se identificam; sublinha, assim, que a identidade colectiva é uma questão de identificação.9 Quanto maior for a identificação dos indivíduos através da pertença a um certo colectivo, tanto mais forte é a identidade desse mesmo colectivo. Por conseguinte, a identidade colectiva depende da consciência e é sempre tão forte como a sua presença na memória dos membros do colectivo (cf. ASSMANN 1997: 132).

Details

Pages
312
Year
2016
ISBN (PDF)
9783653064568
ISBN (ePUB)
9783653955170
ISBN (MOBI)
9783653955163
ISBN (Softcover)
9783631669259
DOI
10.3726/978-3-653-06456-8
Language
Portuguese
Publication date
2016 (January)
Keywords
Literatura espanhola Literatura portuguesa Discurso mitológico Memória colectiva Estudos Ibéricos Identidade colectiva
Published
Frankfurt am Main, Berlin, Bern, Bruxelles, New York, Oxford, Wien, 2016. 312 p.

Biographical notes

Lydia Schmuck (Author)

Lydia Schmuck trabalha na Universidade de Hamburgo, onde é investigadora principal de um projecto sobre a ideia de «Europa» na literatura ensaística da Península Ibérica. A sua actividade de investigação concentra-se nas seguintes áreas: estudos ibéricos contemporâneos, figurações literárias da Europa e de ideias políticas, concepções de identidade e alteridade, teoria da memória e estudos culturais.

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