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Poesia do terceiro espaço

Lírica lusófona contemporânea

by Verena Dolle (Volume editor) Anne Begenat-Neuschäfer (Volume editor)
©2014 Conference proceedings VIII, 241 Pages

Summary

A ideia do presente volume nasceu durante o IX Congresso de Lusitanistas de Alemanha (Descobertas e utopias: a diversidade dos países de língua portuguesa) em Viena em setembro de 2011, na seção intitulada Poesia do terceiro espaço – lírica lusófona contemporânea. Os artigos reunidos neste volume refletem um termo crucial para os estudos pós-colonias, o epônimo «terceiro espaço». Cunhado por Homi Bhabha e frequentemente usado em sentido abrangente, o termo serve como ponto de partida heurístico para analisar a ideia de espaço na poesia dos séculos XX e XII.

Table Of Contents

  • Cover
  • Titel
  • Copyright
  • Autorenangaben
  • Über das Buch
  • Zitierfähigkeit des eBooks
  • Índice
  • Vorwort: Anne Begenat-Neuschäfer
  • Colaborações
  • Poesie des Dritten Raumes – zeitgenössische lusophone Lyrik: Verena Dolle
  • Abstract
  • Resumo
  • 1. Vorbemerkungen
  • 2. Bhabhas „Dritter Raum“
  • 3. Utopie, Heterotopie, Nicht-Ort
  • 4. Der „Dritte Raum“ der Lyrik
  • Uma leitura kantiana do primeiro poema de Mensagem de Fernando Pessoa: Flavio Quintale
  • Abstract
  • Zusammenfassung
  • O mar como espaço de evasão e liberdade do pensamento na lírica portuguesa do século XX: A produtividade do lexema mar nas vozes silenciosas da resistência ao Estado Novo e no discurso (homo-)erótico e pornográfico: Benjamin Meisnitzer
  • Abstract
  • Zusammenfassung
  • 1. A produtividade da polivalência de significados no poema lírico: Denotação e conotação e as ‘mensagens entrelinhas’
  • 2. O ʽmar’ na lírica portuguesa do século XX
  • 2.1. O mar nas ʽvozes silenciosas’ da resistência
  • 2.2. O mar para ocultar o escândalo do amor homoerótico e da sua consumação
  • 3. Conclusão: O mar no discurso evasivo como espaço e como verbum improprium
  • Navegações (1983): Raumkonstrukte in der Dichtung von Sophia de Mello Breyner Andresen: Anne Begenat-Neuschäfer
  • Abstract
  • Resumo
  • As Feridas da Aurora: Poesia, Utopia e Segredo: Ricardo Gil Soeiro
  • Abstract
  • Zusammenfassung
  • 1 – Abertura em tom crepuscular
  • 2 – Entre nós e as palavras
  • 3 – Ofícios cantantes
  • O Jardim de camaleões como espaço neobarroco. Reflexões sobre o fascínio pela pré-modernidade na lírica brasileira pós-moderna: Christian Grünnagel
  • Abstract
  • Zusammenfassung
  • Poesia-babel: três pilares dissonantes e convergentes na lírica brasileira: Daniela Neves
  • Abstract
  • Zusammenfassung
  • 1. Pontes temporais
  • 2. Entre ritmos e versos
  • 3. Espaços da prosa-poesia
  • 4. Universos lingüísticos e hipóteses
  • Em trânsito – Reflexões acerca da poesia contemporânea brasileira: Birgit Aka
  • Abstract
  • Zusammenfassung
  • Introdução
  • Determinação do termo ‘poesia transitória’
  • Contexto: Observações acerca da poesia contemporânea brasileira
  • Marília Garcia: 20 poemas para o seu walkman
  • Estando à caminho com Ricardo Domeneck
  • Conclusão
  • A bola no poste é o nosso emblema – ensaio sobre a melhor maneira de perder o jogo: Evelyn Blaut Fernandes
  • Abstract
  • Zusammenfassung
  • 1.
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • Die andere Dimension: Afrika in der Poesie Mia Coutos: Helmut Siepmann
  • Abstract
  • Resumo
  • A navegação poética do dongo num mar contemporâneo – José Luís Mendonça: Ineke Phaf-Rheinberger
  • Abstract
  • Zusammenfassung
  • 1. Mar e terra
  • 2. O mar na literatura angolana
  • 3. A poesia de José Luís Mendonça
  • 4. Interpretação da modernidade do mar
  • Quilombismo e o tropo de exu na poesia de Abdias do Nascimento: Félix Ayoh’Omidire
  • Abstract
  • Zusammenfassung
  • Introdução
  • Quilombismo como teoria afro-brasileira
  • O que é o quilombo?
  • Quilombo como entrelugar ou terceiro espaço
  • A poesia quilombola de Abdias Nascimento
  • A pujança poética de Abdias
  • O Padê de Exu Libertador ou o Pater Noster afro-Brasileiro
  • Conclusão
  • Tudo que é leve se adensa no ar: Maria Teresa Salgado
  • Abstract
  • Zusammenfassung
  • Das Un-Heimliche im lyrischen Werk von Conceição Lima (São Tomé): Verena Dolle
  • Abstract
  • Resumo
  • 1. Einleitung
  • 2. Rückkehr zu einem Ursprung – imaginiert
  • 3. Das Un-Heimliche: die nicht fassbare Heimat
  • 4. Heimat – performativ
  • 5. Zusammenfassung
  • Referências Bibliográficas
  • Index Nominorum
  • Os Autores

Vorwort

Den „Dritten Raum“ in der zeitgenössischen lusophonen Lyrik analytisch zu erfassen, war das Ziel der gleichnamigen Sektion des Lusitanistentages 2011 in Wien, deren Arbeiten nachfolgend in dreizehn Beiträgen dokumentiert werden.

Als erster Ort des „Dritten Raumes“ ist dabei, worauf Verena Dolle in ihrer Einführung hinweist, im Sinne Mallarmés seit dem 19. Jahrhundert das Blatt Papier anzusehen, auf dem sich das dichterische Schreiben Raum und Ausdruck bzw. Leere und Schweigen schafft. In allen Beiträgen kommt daher der Beschäftigung mit dem sprachlichen Material, seinen rhetorischen und stilistischen Eigentümlichkeiten, seiner Dichte und seinen Leerstellen, besondere Aufmerksamkeit zu, weil sich in Aneignung und (Wieder-)Verwendung der Sprache die Öffnung des eigenen Raumes und die Interdependenz mit anderen poetischen Räumen nachvollziehen lässt. Hilfreich war den Sektionsdebatten, dass das dichterische Wort selbst dank der Anwesenheit von Ricardo Gil Soeiro im Gespräch präsent blieb.

Ausgehend vom konkreten geographischen Raum zwischen Portugal, Brasilien und dem lusophonen Afrika ging es um eine Bestandsaufnahme der Selbst- und Fremdverortung des dichterischen Raumes, der sich zwischen den Zeiten (vom 18. bis ins 21. Jahrhundert), zwischen den Epochen des Imperialismus, Kolonialismus und Post-Kolonialismus und zwischen den Kontinenten (Europa, Afrika und Südamerika) konstituiert. Auf das Raumbewusstsein, wie es sich von einem europäischen Standort auch nach dem Ende des Traumes vom Império dichterisch bestimmt, gingen die Beiträge von Flavio Quintale und Anne Begenat-Neuschäfer ein.

Benjamin Meisnitzer bot eine Lektüre des Meeres als politischen und persönlichen Gegenraum unter dem Estado Novo, während Evelyn Blaut Fernandes die intermediale Öffnung zwischen Dichtung und Film vollzog.

Christian Grünnagel, Birgit Aka und Daniela Neves stellten die zeitgenössische brasilianische Lyrik in den Mittelpunkt ihrer Erörterungen.

Helmut Siepmann, Ineke Phaf-Reinberger, Felix Ayoh’Omidire und Teresa Salgado befassten sich mit der angolanischen und mozambikanischen Lyrik und Verena Dolle untersuchte die Dichtung von Conceição Lima aus São Tomé.

Querverbindungen und Abschottungen ergaben sich aus der fortlaufenden Präsentation der Beiträge, der Kohäsion der Sektion und den anschließenden Debatten, die hier keinen Niederschlag finden konnten. Sie sind aber, zumindest in Teilen, in der Lektüre rekonstruierbar.

Lucia Mingers und Benjamin Gaca haben sich ein letztes Mal mit den Tücken der Formatierung geschlagen; von nun an wird diese Aufgabe dankenswerterweise vom Verlag übernommen. Janek Scholz, Flavio Quintale und noch ← ix | x → einmal Benjamin Gaca haben die undankbare Aufgabe des Korrekturlesens wahrgenommen. Ihnen allen sei für ihre Mühe herzlich gedankt.

Aachen, Juli 2014

Anne Begenat-Neuschäfer

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COLABORAÇÕES

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Poesie des Dritten Raumes – zeitgenössische lusophone Lyrik

Verena Dolle

Abstract

This introduction lays the theoretical groundwork for the articles presented in this volume, written by participants of the “Poetry of the Third Space: Contemporary Lusophone Poetry” group which convened at the International Lusitanist Conference in Vienna (“Discoveries and Utopias: The Diversity of Lusophone Countries”) in September 2011. It reflects on a crucial term of postcolonial studies and the spatial turn, the eponymous “third space”.

Resumo

Esta introdução procura estabelecer o fundamento teórico dos artigos reunidos neste volume, de autoria dos participantes da seção “Poesia do terceiro espaço – lírica lusófona contemporânea” do nono Congresso de Lusitanistas da Alemanha realizado em Viena em setembro de 2011, “Descobertas e utopias: a diversidade dos países de língua portuguesa”. O epônimo “terceiro espaço” reflete um termo crucial para os estudos pós-colonias. Cunhado por Homi Bhabha e frequentemente usado em sentido abrangente, o termo serve como ponto de partida eurístico para analisar a idea de espaço na poesia dos séculos XX e XXI.

Tenta-se definir mais precisamente nesta introdução conceitos de espaço e sua dinâmica, e termos chaves como “virada espacial” e estudos pós-colonias na últimas décadas. Seu denominador comum é que não focam de maneira binária e estática, mas dinâmica e híbrida, nos conceitos de espaço e de relações espaciais, opondo termos em desuso como “centro” e “periferia”, espaço como “container” com lados internos e externos, “lar” como lugar fixo, moradia de toda uma vida, ou “fronteira” como uma claramente demarcada. Conceitos de espaço nômade, triádico e transterritorial não se referem aos dois polos, ponto de partida e de chegada, mas ao “entre-neles”, o contato e as zonas transpassadas e o processo complexo de negociação de poder e de identidades que ocorrem nesses lugares.

Homi Bhabha concebe o “terceiro espaço” como um “entre-neles” (in-between), em que culturas diferentes e hierarquias estabelecidas entram num processo de negociação e hibidização em meio a um processo de enunciação linguística que, devido à evocação de conotações, cria um espaço “entre-neles” muito além de seu sentido oficial. A noção estática de “lar” onde os indivíduos se enraizam é substituído por um conceito dinâmico de “rotas”, conceito caracterizado pela mobilidade e o “não-domicílio”. Este é seguramente um ponto de partida apropriado, especialmente para a poesia Africana em língua portuguesa recente, uma literatura emergente que trata predominantemente de questões relacionadas ao pertencimento e ao lar.

Entretanto, nós faltaríamos com a justiça com a poesia contemporânea em língua portuguesa produzida hoje em diferentes continentes se a interpretássemos mecanicamente utilizando-nos apenas de um conceito. Além de Bhabha, o conceito de espaço transicional e mobilidade de Marc Augé, o conceito de espaço heterotópico de Michel Foucault e noções mais tradicionais de utopia iluminam produtivamente conceitos de espaço gerados pela poesia desde Fernando Pessoa até o presente, a segunda década do século XXI. ← 3 | 4 →

„[…] that Third Space, though unrepresentable in itself […] constitutes the discursive conditions of enunciation“

H. K. Bhahba, The Location of Culture1

1. Vorbemerkungen

Die in diesem Band versammelten Beiträge sind Ergebnisse der Sektion „Poesie des Dritten Raumes – zeitgenössische lusophone Lyrik/Poesia do terceiro espaço – lírica lusófona contemporânea“ des Lusitanistentags, der vom 14.-17.9.2011 in Wien zum Thema „Descobertas e utopias: a diversidade dos países de língua portuguesa“ stattfand. Die Idee zu dieser Sektion entstand ein Jahr zuvor beim Treffen der Deutschen Gesellschaft für die afrikanischen Staaten portugiesischer Sprache (DASP) in Köln, als Anne Begenat-Neuschäfer und ich Vorträge zu zeitgenössischen Lyrikerinnen aus São Tomé e Príncipe, Alda Espírito Santo (1926-2010) und Conceição Lima (geb. 1961), präsentiert haben. Wir konnten feststellen, dass beide Dichterinnen in ihren Werken eine ausgeprägte raumspezifische Sensibilität zeigen, Zwischen- und Kontakträume thematisieren und immer wieder Fragen von Hierarchie und Macht, von Vertreibung, Verschleppung, Versklavung und Entwurzelung sowie von Sesshaftigkeit und Verwurzelung, also Be-Heimatung diskutieren.

Dies alles sind Aspekte, die im Zuge der postkolonialen Studien und des „Spatial turn“, der stärkeren Beschäftigung mit räumlichen (statt nur mit zeitlichen Kategorien), intensiv diskutiert werden. Von daher war der Obertitel für die Sektion – „Poesie des Dritten Raumes“ – und damit ein theoretischer Rahmen im Bereich der postkolonialen Studien sowie die damit verbundene Leitfrage schnell gefunden, inwieweit zeitgenössische lusophone Lyrik des 20. und 21. Jahrhunderts sich mit dem postkolonialen, von Homi Bhabha geprägten Begriff des „Dritten Raums“ bzw. damit zusammenhängenden Konzeptionen von Raum gewinnbringend analysieren lässt. Denn räumlichen Beziehungen kommt eine besondere Aufmerksamkeit in der postkolonialen Forschung zu, die hier Ashcroft/ Griffith/ Tiffin folgend verstanden wird als systematische Beschäftigung mit allen Akteuren, Kolonisatoren und Kolonisierten, die einen Prozess der Entkolonisierung durchlaufen haben und auf unterschiedliche Weise von diesem Zustand geprägt sind2. ← 4 | 5 →

Durchgängig zu konstatieren ist in diesen von Poststrukturalismus und Dekonstruktivismus beeinflussten Ansätzen die Dynamisierung vormals als (zu) statisch gedachter binärer Verortungen wie der Opposition „Zentrum“ und „Peripherie“, der Vorstellung von Raum als einem Container mit Innen und Außen, von „Heimat“ als fester, lebenslanger Verortung oder von Grenze als einer klar konturierten, trennenden Linie. In den aktuellen nomadischen, triadischen und transterritorialen Konzepten von Raum wird der Schwerpunkt nicht mehr auf die jeweiligen Ausgangs- und Endpunkte, also Pole, sondern auf das Dazwischen, Zwischenräume und die in diesen ablaufenden Prozesse von Aushandlung von Macht und Identität(en) gelegt3:

1.Räume werden nun als sich überlappende und überschneidende gedacht, bei denen die Grenze nicht mehr als bloße Demarkationslinie, als trennendes Element zwischen zwei Entitäten (oft) unterschiedlicher Hierarchie gilt. Vielmehr wird sie nun als eine der „machtvollsten Diskursformationen der Moderne“ angesehen, so Castro Varela/ Dhawan/ Randeria4. Das Durchlässige, Osmotische, Verbindende als ihr entscheidendes Charakteristikum herausstellend, wird Grenze als Kontaktzone oder -raum konzipiert, in denen Verhandlungen von Positionen und kulturellen Differenzen stattfinden und „die interaktive und improvisierende Dimension ← 5 | 6 → in den Vordergrund der kolonialen Begegnung (rückt)“5. Im Raum des Dazwischen erfolgt keine Assimilation an das Dominante, da dies dort ja gerade außer Kraft gesetzt ist, sondern eine Beeinflussung/Veränderung aller Beteiligten.

2.In der Frage, wie im Dazwischen kulturelle Differenz jenseits der Opposition des Eigenen und des Anderen/Fremden gedacht werden kann, ist der oft als Oberbegriff verwendete der Hybridität zentral: Er hebt ab auf das Nebeneinander-Existieren unterschiedlicher Bestandteile (mit zeitlicher und räumlicher Dimension), die nicht zwingend zu einer harmonisierenden Synthese gelangen, und unterscheidet sich damit von idealisierenden mestizaje- und mestizagem-Konzepten hispanoamerikanischer bzw. brasilianischer Prägung aus der ersten Hälfte des 20. Jahrhunderts maßgeblich. Seit den 1940er Jahren, also Jahrzehnte vor den postkolonialen Theoretikern des anglophonen Kulturraums wie etwa Bhabha und Said, haben für Lateinamerika Fernando Ortiz und Angel Rama (Transkulturation), Antonio Cornejo Polar (Heterogeneität), Silviano Santiago (Hybridität und Zwischenraum), Nestor García Canclini (Hybridität) und Mary Louise Pratt (Kontaktzone) Überlegungen zu nicht ineinander aufgehenden kulturellen Differenzen oder zu zu einfach gedachten Vorstellungen von hierarchiebedingter kultureller Assimiliation und zur Entfaltung einer eigenen postkolonialen Handlungsmacht angestellt6.

Doch diese Zwischenräume oder der „Dritte Raum“ Bhabhas werden in der Akzentuierung ihrer Dynamik der dort erfolgenden Aushandlungsprozesse nur verständlich in Kontrast zu den dichotom geprägten, tradierten Raumvorstellungen von Peripherie und Zentrum, von Raum als Container mit Innen und Außen und den dort herrschenden Regeln des Diskurses. Deshalb ist nachvollziehbar, dass sich postkoloniale Theoretiker dem Vorgenannten zuerst gewidmet haben, um der „diskursprägende(n) Gewalt hegemonialer Kulturen“, die sich als Zentrum verstanden, auf die Spur zu kommen und im Anschluss die Ausbildung von „kritische(n) Analysekategorien […], mit denen die anhaltende und weiterhin problematische Konstruktion des ,Anderen‘ (‚Othering‘) ← 6 | 7 → aufgearbeitet werden kann“7 voranzutreiben. Bildlich gesprochen, wird im „Othering“ dem Anderen ein fester Raum zugewiesen, der nach bestimmten diskursiven Regeln funktioniert und von europäischer Seite dominiert wird, wie etwa Said in seiner Auseinandersetzung mit der wirkmächtigen „imaginären Geographie“ europäischer Vorstellungen vom Orient im „Orientalismus“ (1981) oder Todorov in seiner Arbeit zum Exotismus (1989) gezeigt haben. Es handelt sich hier also um eine Fest-Stellung des Anderen, eine Festschreibung in einem klar umgrenzten (Container-)Raum mit positiven oder negativen, auf jeden Fall wertenden Vorzeichen, bei dem all das nicht zugelassen wird, was Bhabha dem „Dritten Raum der Äußerung“ zuschreibt, nämlich das Verhandeln und Infragestellen fixierter Positionen und Identität(en) (s.u.). Es liegt auf der Hand, dass solche Vorstellungen imaginärer Geografien immer relational und damit verschiebbar und standortabhängig sind: für die Beziehung zwischen Orient und Okzident eine von Europa als Zentrum aus gedachte Ost-West-Achse, bei der der Osten zur Projektionsfläche und zum beherrschten Objekt des Westens wird, für Europa selbst eine Nord-Süd-Achse, in der Italien, der „relative Süden“, häufig den Wunsch(t)raum nordischer Sehnsüchte, also des „relativen Nordens“ darstellt8. Von Europa aus weiter nach Süden ausgreifend rückt eine Nord-Süd-Achse in den Blick, die nach den Diskurs-Verfahren des Orientalismus funktioniert und einen „zivilisierten“, homogen gedachten Kulturraum Europa gegen den ebenfalls homogen konzipierten „dunklen“ Kontinent Afrika setzt (denken wir an Joseph Conrads Heart of Darkness oder Karen Blixens Zitat der „dunklen lockenden Welt“). Noch in unserer medial geprägten Vorstellung im 21. Jahrhundert gilt Afrika von Europa aus vornehmlich als von sogenannter „Unter“-Entwicklung und Überbevölkerung gezeichneter Kontinent, ohne dass historische, regionale, ethnische Besonderheiten und Entwicklungsdynamiken groß berücksichtigt oder die eigenen Standards von Moderne und „Entwicklung“ in Frage gestellt werden. Stattdessen wird von europäischer Warte aus oft eine „inferiorisierende Festschreibung des ‚zu Entwickelnden‘ ← 7 | 8 → weiter praktiziert“9. Schließlich ist noch das relativ neue Schlagwort der hemisphärischen „Süd-Süd-Beziehungen“ zu erwähnen, das – offensichtlich immer noch eurozentrisch bzw. okzidental relational, also von Europa bzw. den USA aus gedacht – die Neupositionierung von Entwicklungs- und Schwellenländern aus Lateinamerika, Afrika und Asien zueinander und gegenüber den alten europäischen Kolonialmächten bezeichnet, die überholte Vorstellungen von europäischem Zentrum und außer-europäischer Peripherie revidieren soll10. Mit der Unabhängigkeit von den europäischen Kolonialmächten (England, Belgien, Frankreich und Portugal) nach Ende des Zweiten Weltkrieges verschieben sich für die ehemaligen Kolonien in Afrika und Asien die Bezugspunkte zwischen Peripherie und Zentrum: Fragen nach der Selbstrepräsentation bis dahin randständig gehaltener, also peripherer Gesellschaften (etwa von Kolonisierten) und Minderheiten, wie z.B. ethnischer Gruppen, sowie neue Machtkonstellationen manifestieren sich in den emergenten Literaturen in der Auseinandersetzung mit bzw. (Neu-)Positionierung gegenüber hegemonialen Modellen sowie den eigenen Traditionen in Sprache, Literatur und Kultur.

2. Bhabhas „Dritter Raum“

Mit den Begriffen Kontaktzone, Grenze und Zwischenraum ist bereits das angeklungen, was auch den hier titelgebenden Begriff des „Dritten Raumes“ in der wirkmächtigen Verwendung durch den indischen Kulturwissenschaftler Homi K. Bhabha ausmacht. 1990 in einem Interview mit John Rutherford zum ersten Mal verwendet, greift er ihn in seinem stark rezipierten Werk The Location of Culture (1994, dt. 2000) sowie in darauffolgenden Werken auf11. „Dritter Raum“ bezeichnet als konzeptuell-epistemologische Kategorie grundsätzlich den performativen, prozessualen Aspekt in Sinngebung und ← 8 | 9 → Verstehensprozess in menschlicher Kommunikation, und zwar in der Kombination von Derridas dekonstruktivistischem Ansatz der fortschreitenden, nie endenden Sinnstiftung, von Benveniste zur Äußerung (enunciation) und Foucault zur Aussage (énoncé):

It is that Third Space, though unrepresentable in itself, which constitutes the discursive conditions of enunciation that ensure that the meaning and symbols of culture have no primordial unity or fixity; that even the same signs can be appropiated, translated, rehistoricized and read anew.12

„Dritter Raum“ ist für Bhabha, so erschließt es sich aus diesem Zitat, zuerst einmal ein linguistisches, auf den Prozess der Äußerung bezogenes Konzept, in dem Signifikation, Bedeutungs- und Sinnzuweisung, nicht fix, sondern dynamisch ablaufen. In diesem Dritten, da Zwischen-Raum zwischen – mindestens – zwei Positionen, findet Bhabha zufolge eine Verhandlung von Bedeutung(en) und damit verbunden, deren Hybridisierung statt. Diese Kategorie wird in einem weiteren Schritt auf den Prozess der Identifizierung angewendet: Der Zwischen- oder Dritte Raum ist ein Platz für Differenz ohne übernommene oder verordnete Hierarchie, in dem eine harmonisierende Synthese explizit negiert wird13. Mit anderen Worten: im Sinne Derridas ein Nicht-Festlegen, Nicht-Bestimmen, eine dekonstruktivistische Begründung von kultureller Hybridität, in der Identität als nicht fixierbar, sondern nur als vorübergehend erreichbar betrachtet wird und zwar durch Performanz und beständiges Aushandeln, das gegen jegliche Annahme von ursprünglicher Reinheit und Essenz gerichtet ist. In dieser Art von Zwischenräumen erfolgen nur prozesshafte Identifikationen in einem performativen Akt, ohne dass eine Festsetzung von Identitäten zu Polaritäten stattfindet14. Es manifestieren sich in diesen Zwischenräumen statt dessen „neue Formen mit inhärenten Differenzen, Ambivalenzen und Widersprüchen“ und „hartnäckigen Klumpen“, mit anderen Worten: Hybridität, so Bhabha, den mexikanischen Grenz-Performance-Künstler Gómez-Peña zitierend15. ← 9 | 10 →

Die in diesem Kontext für Bhabha relevanten Akteure sind unterschiedliche Kulturen von Kolonisatoren und Kolonisierten, die im sogenannten „Dritten Raum“ aufeinandertreffen und dort nun „[…] Kulturen von ihren Grenzen aus (definieren)“, so Castro Varela/ Dhawan/ Randeria16. Der Begriff des „Dritten Raumes“, der oft als „umbrella term“ dient und dann häufig abstrakt bleibt17, soll hier mit Castro Varela/ Dhawan/ Randeria18 folgendermaßen verstanden und operationalisierbar gemacht werden: „Dritte Räume entstehen immer dann, wenn starre kulturelle Differenzen herausgefordert werden“.

Zugleich eingewoben ist über die metaphorische Dimension hinaus jedoch eine konkret räumliche Komponente, wie an dem Beispiel deutlich wird, mit dem Bhabha seinen Third Space-Begriff illustriert, nämlich mit einem Treppenhaus als „Schwellenraum zwischen den Identitätsbestimmungen“ in einer Installation der afro-amerikanischen Künstlerin Renée Green19. Dieses Beispiel veranschaulicht das Aufeinandertreffen von kulturellen Differenzen als Prozess, der die Dichotomisierung, die Bildung von Oppositionen unterläuft und darüber hinaus eben nicht auf eine Synthetisierung zweier bestehender fester, klar umgrenzter Räume zielt, sondern darauf, die „Frage der kulturellen Differenz als produktive Desorientierung und nicht als Festschreibung einer vereinnehmbaren Andersartigkeit zu verhandeln“20.

Details

Pages
VIII, 241
Year
2014
ISBN (PDF)
9783653037715
ISBN (ePUB)
9783653994636
ISBN (MOBI)
9783653994629
ISBN (Hardcover)
9783631645697
DOI
10.3726/978-3-653-03771-5
Language
Spanish; Castilian
Publication date
2014 (November)
Keywords
Multidisziplinarität Interkulturalität lusophone Literatur
Published
Frankfurt am Main, Berlin, Bern, Bruxelles, New York, Oxford, Wien, 2014. VIII, 241 pp., 1 b/w fig., 1 graph

Biographical notes

Verena Dolle (Volume editor) Anne Begenat-Neuschäfer (Volume editor)

Verena Dolle is the chair-professor of Romance Literatures and Cultures (Spain, Latin America, Portugal) at Gießen University (Germany) and is specialized in Colonial Hispano-American Literature as well as in Contemporary Latin American Literature and Culture. Verena Dolle é catedrática em Literatura e Cultura Ibero-americana na Universidade de Gießen (Alemanha) e especialista em Literatura Colonial Hispano-americana e também em Literatura e Cultura Latino-americana Contemporânea. Anne Begenat-Neuschäfer holds the chair of Romance Philology at the RWTH Aachen (Germany) and teaches Romance Literatures. In her research she focuses on the African francophone and lusophone world, especially on female writing. Among her recent publications is the volume Vozes femininas de África. Poesia e Prosa with Flavio Quintale. Anne Begenat-Neuschäfer é catedrática pela Universidade de Aachen e especialista em Literatura Belga e Africana e trabalha com estudos comparados de Literatura Africana de línguas francesa e portuguesa, particularmente a literatura feminina. Entre as suas publicações mais recentes destaca-se: Vozes femininas de África. Poesia e Prosa com Flavio Quintale.

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