O comportamento linguístico dos emigrantes portugueses na Áustria
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Table Of Contents
- Cobertura
- Título
- Copyright
- Sobre o autor
- Sobre o livro
- Este eBook pode ser citado
- Nota inicial
- Índice
- Lista de tabelas
- Lista de gráficos
- Lista de anexos
- Agradecimentos
- II Introdução
- 1. Considerações iniciais
- 2. Objecto de estudo e objectivo da pesquisa
- 3. Plano de execução
- 4. Relevância da pesquisa
- III Enquadramento histórico
- 1. História da emigração portuguesa
- 1.1. 1º ciclo – Rumo ao Brasil
- 1.2. 2º ciclo – O apelo do centro da Europa
- 1.3. 3º ciclo – Novos destinos, novas perspectivas
- 1.4. 4º ciclo - Situação actual
- 2. Imigração na Áustria
- 3. Portugueses na Áustria
- IV Aspectos sócio-linguísticos
- 1. Língua em sociedade
- 1.1. Uma relação necessária: língua e sociedade
- 1.2. Culturas e línguas múltiplas em sociedade
- 2. Línguas em contacto
- 2.1. Quais? Onde? Porquê?
- 2.2. Culturas em contacto
- 2.3. Individual vs. Colectivo
- 3. Consequências do contacto entre línguas
- 3.1. Gestão das línguas
- 3.1.1. Língua da maioria vs. Língua da minoria
- 3.1.2. Esfera de uso
- 3.2. Língua e identidade
- 3.3. Comportamentos linguísticos em ambientes multilingues
- 3.3.1. Manutenção ou mudança de língua
- 3.3.2. Alterações face ao contacto de línguas
- 3.3.3. Influências, transferências, interferências
- 3.3.3.1. Diglossia
- 3.3.3.2. Code-switching
- 3.3.3.3. Empréstimos
- 3.3.3.4. Decalques
- 3.3.4. Perda de língua e erosão linguística
- V Metodologia
- 1. A amostra
- 1.1. Processo de selecção
- 1.2. Inquérito de preliminar
- 1.3. Critérios
- 1.3.1. Outros dados
- 1.4. Amostra seleccionada
- 1.5. Descrição da amostra
- 1.6. Comentário à amostra
- 1.7. Perfil do emigrante
- 2. A entrevista
- 2.1. Guião da entrevista
- 2.2. Condições/indicações prévias
- 2.2.1. Meio
- 2.2.2. Espaço
- 2.3. Números das entrevistas
- 2.4. Problemas identificados
- 2.5. Transcrição
- 2.6. Nível de língua portuguesa dos informantes
- 2.7. Constatações empíricas
- 2.8. Comentários dos entrevistados ao longo da entrevista
- 2.9. Respostas à última pergunta da entrevista
- 3. Apuramento dos dados
- 3.1. Levantamento dos desvios e elaboração do corpus
- 3.1.1. Dúvidas e critérios
- 3.2. Proposta de análise e classificação dos desvios
- 3.2.1. Aplicação do modelo Brauer-Figueiredo
- 3.2.1.1. Área fonológica
- 3.2.1.2. Área sintáctica
- 3.2.1.3. Área morfossintáctica
- 3.2.1.4. O problema das áreas pragmático-textual e semântico-lexical
- 3.2.1.5. Área pragmático-textual
- 3.2.1.6. Área semântico-lexical
- 3.2.2. Aplicação do modelo de Otheguy
- 3.2.2.1. Switch (Troca)
- 3.2.2.2. Loan (Empréstimo)
- 3.2.2.3. Calques (Decalques)
- VI Epílogo
- 1. Conclusões
- 2. Projectos futuros
- 3. Considerações finais
- VII Resumo
- Abstract
- Zusammenfassung
- VIII Bibliografia
- Fontes digitais
- IX Anexos
Tabela 1: Valores anuais da emigração portuguesa entre 1960 e 1988
Tabela 2: Valores anuais da emigração portuguesa segundo Humberto Moreira
Tabela 3: Valores anuais da emigração portuguesa segundo Álvaro Santos Pereira
Tabela 4: Distribuição da população portuguesa emigrada em 2010
Tabela 5: Top 10 de residentes estrangeiros da UE na Áustria em 2014
Tabela 6: Dados das estatísticas austríacas relativas aos residentes portugueses na Áustria
Tabela 7: Dados do Observatório de Emigração relativos aos residentes portugueses na Áustria
Tabela 8: Dados do Observatório de Emigração relativos aos residentes portugueses noutros países europeus
Tabela 9: Nível de contacto entre línguas e efeitos em áreas linguísticas (baseado em Riel 2001:35)
Tabela 10: Guião da entrevista
Tabela 11: Regras de transcrição
Tabela 12: Desvios a nível fonético
Tabela 13: Desvios na área sintáctica
Tabela 14: Desvios morfossintácticos
Tabela 15: Desvios pragmático-textuais
Tabela 16: Desvios semântico-lexicais
Gráfico 1: Género
Gráfico 2: Grupo etário
Gráfico 3: Habilitações literárias
Gráfico 4: Origem geográfica
Gráfico 5: Ano de chegada à Áustria
Gráfico 6: Motivos para ir para a Áustria
Gráfico 7: Profissão em Portugal
Gráfico 8: Profissão na Áustria
Gráfico 9: Quer voltar para Portugal?
Gráfico 10: Nível de língua alemã
Gráfico 11: Onde aprendeu a falar alemão?
Gráfico 12: Outras línguas faladas que não português e alemão
Gráfico 13: Principal língua do dia-a-dia
Gráfico 14: Fala alemão no quotidiano?
Gráfico 15: Fala português no quotidiano?
Gráfico 16: Frequência com que fala português
Anexo 1: Questionário à comunidade portuguesa residente na Áustria
Anexo 2: Sistematização dos dados dos entrevistados
Anexo 3: Catálogo integral de desvios notados segundo Bauer-Figueiredo (1999)
Anexo 4: Desvios classificados de acordo com a proposta de Bauer-Figueiredo (1999)
Anexo 5: Lista de switches (trocas)
Anexo 6: Lista de loans (empréstimos)
Anexo 7: Lista de calques (decalques)
Ao terminar esta tese de doutoramento, não posso deixar de expressar o meu sincero e sentido agradecimento a todos os que me incentivaram a levar a cabo este projecto e que me apoiaram na realização desta empresa. Agradeço assim:
Ao meu orientador, emer. O. Univ.-Prof. Dr. Georg Kremnitz, por me ter aceitado como sua doutoranda, por não me ter deixado desistir antes mesmo de eu ter começado e, sobretudo, pela disponibilidade dispensada, pelos seus sábios conselhos e perspicazes observações.
A todos os entrevistados, sem o contributo dos quais esta investigação não teria sido realizada, pela sua disponibilidade, simpatia e cooperação.
À Embaixada de Portugal, em Viena, por ter mediado o contacto com os portugueses residentes na Áustria e pelos dados estatísticos referentes aos mesmos.
À minha amiga e colega, Dr. Yvonne Hendrich, pela motivação incansável e pela revisão da tese.
A todos os meus amigos e colegas (são muitos, por isso prefiro omitir os nomes de todos a esquecer-me de alguns) pelas sugestões, comentários, ideias e críticas.
À minha irmã, a todos os meus amigos, familiares e colegas, que não conseguiram passar um dia dos últimos quatro anos sem me recordar “Então e a tese?”, como se fosse possível esquecer-me dela, pela infindável paciência para ouvirem as minhas ladainhas.
À minha antiga aluna, Dr. Eva Winter, pelo exemplo vivo de lifelong learning, que aos 90 anos num dos últimos dias da sua vida continuava a repetir-me “Senhora professora, nunca desista!”.
Por fim, ao meu Pai e à minha Mãe (que me reviu a tese), que ao terem-me inscrito na 1ª classe da Escola Primária, possivelmente, já imaginavam o dia em que eu terminaria o meu doutoramento, pela educação, pela instrução e por me terem sempre exigido a excelência e incutido para esse efeito o gosto pelo trabalho. Por isso tudo e por tudo o resto.
O meu profundo agradecimento a todos por acreditarem em mim.
O facto de eu ser portuguesa, falante nativa de português, viver na Áustria e ir falando alemão não são meras coincidências nem dados alheios ao objecto desta investigação. A língua foi sempre uma área de estudo que me fascinou: as famílias de línguas, a evolução dentro de uma mesma língua, a construção e a desconstrução de palavras, etc. No entanto, para mim, “língua” era uma categoria praticamente abstracta, que se relacionava com geografia, mas não necessariamente a pessoas, a não ser na perspectiva instrumental, de veículo de comunicação. Apesar dos meus estudos terem contemplado diferentes línguas (desde a língua materna a várias línguas estrangeiras), a minha perspectiva era muito compartimentada, senão mesmo limitada acerca desse mundo que continua a fascinar-me.
Quando me mudei para a Áustria, comecei a funcionar em modo multilingue (em português ao telefone com a família, em inglês e francês com os colegas da escola, onde trabalhava, e tentando sobreviver em alemão com o resto do meu novo mundo austríaco). Tendo resistido ao choque e ao cansaço inicial, dei por mim, passado uns anos e já com o alemão como língua-franca, a reagir com interjeições alemãs… em Lisboa! Proferir espontaneamente hopla em versão trissilábica [,opə’la] em vez do monossílabo ups deixou-me muito intrigada. Estava em Lisboa a falar com portugueses, que não falavam alemão e que se espantaram ao ouvir-me emitir uma série de sons desconhecidos. Se a língua tende a ser “preguiçosa” e económica, como retivera em tantos anos de estudos, porque é que eu teria optado inconscientemente por uma interjeição mais longa, mais elaborada, que nem sequer pertencia ao rol de interjeições da minha língua materna, além disso, proferida num ambiente completamente monolingue? Por conseguinte, o que é que se estaria a passar no meu cérebro?
Details
- Pages
- 231
- Publication Year
- 2016
- ISBN (ePUB)
- 9783631693308
- ISBN (MOBI)
- 9783631693315
- ISBN (PDF)
- 9783653068788
- ISBN (Hardcover)
- 9783631674321
- DOI
- 10.3726/978-3-653-06878-8
- Language
- Portuguese
- Publication date
- 2016 (August)
- Published
- Frankfurt am Main, Berlin, Bern, Bruxelles, New York, Oxford, Wien, 2016. 231 p., 16 tablas, 16 gráficos
- Product Safety
- Peter Lang Group AG