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Limiares Homem/Animal na literatura e na cultura da Idade Média

by Maria Cristina Álvares (Volume editor) Sérgio Guimarães de Sousa (Volume editor)
©2023 Edited Collection 296 Pages

Summary

De forma assaz enfática, e muito consciente, o mundo medieval representa-se a si mesmo, nas suas múltiplas práticas sociais e estético-culturais, através da figuração animal. Pela mão de um assinalável conjunto de especialistas, esta obra faz-nos, assim, recuar a um tempo em que a realidade se inscrevia amplamente sob a égide representacional dos bichos; e, com isso, ajuda-nos a compreender, nós que vivemos em tempos de notória inquietação pelo vivente e de empatia pró-animal, os limiares homem/animal durante a Idade Média central e tardia. Mas também, implicitamente, se revela fundamental para refletir sobre as razões pelas quais os séculos pós-medievais, em nome da Modernidade, foram apagando do seu imaginário esses limiares.

Table Of Contents

  • Cobertura
  • Título
  • Copyright
  • Sobre o autor
  • Sobre o livro
  • Este eBook pode ser citado
  • Índice
  • Introdução
  • Revisitar a Idade Média: limiares homem/animal
  • Limiares maravilhosos. Tradições e mutações do imaginário
  • Livro das Aves de Lorvão: entre os esquecidos, um livro em busca de integração
  • El delfín salvador, ecos hispánicos de una leyenda medieval
  • A predição por signos zoológicos, uma das mirabilia medievais? (Revisões baladísticas, revisitando os Mestres)
  • Quando os monges eram peixes e os cavaleiros golfinhos. Do devir animal ao devir da literatura
  • Las primeras descripciones de los animales del Nuevo Mundo en la imprenta
  • Limiares cinegéticos. Presas e predadores
  • Animales como personas y cazadores inhumanos: la frontera antropozoológica en el Tratado de montería del siglo xv
  • Rejoindre l’ours(e) au lit. La fée Mélior et son amant (Partonopeu de Blois, Guillaume de Palerne)
  • Limiar Homem/Animal ou a arte da mediação nos Lais Anónimos dos séculos xii e xiii e nos Lais de Marie de France
  • Limiares simbólicos. Figurações metafóricas e alegoréticas
  • El vino y los animales (león, cordero, cerdo, simio)
  • “Chescun en sa nature diversement overañt”. A exemplaridade dos animais nas Metaphoræ de Nicole Bozon
  • Metáfora animal e exortação à reflexão no ms. da Crónica de 1344 da Academia das Ciências de Lisboa
  • «Quis dedit gallo intellegentiam?» Chauntecleer e os limites entre o animal e o humano em The Nun’s Priest’s Tale de Geoffrey Chaucer
  • «En un caballo cabalga» um cavaleiro no romanceiro antigo
  • Limiares satíricos. Escárnio e maldizer
  • Imágenes equinas denigratorias en femenino en las líricas occitana y gallego-portuguesa
  • Zoomorfismo e castelhanismo na discriminação étnico-religiosa e sexual do Cancioneiro Geral: marrano, perro e perra
  • Ataques satíricos e alusões a animais nos debates dos trovadores
  • A figura do bobo e os limiares homem / animal

Sérgio Guimarães de Sousa
Cristina Álvares

Revisitar a Idade Média: limiares homem/animal

Como é sabido, na Idade Média, período tantas vezes infundadamente associado a um mundo arcaico e bárbaro («séculos semibárbaros», diria Alexandre Herculano, o nosso primeiro grande medievista), os processos judiciais levados a efeito contra animais eram encarados como naturais. Quando acusados de crimes, porcos ou insetos podiam ser intimados, como se fossem pessoas judicialmente imputáveis, a comparecer em audiência de tribunal. Dissipando as fronteiras entre o mundo animal e o humano, a justiça medieval sujeitava, pois, os bichos, sem olhar sequer à espécie, em perfeita igualdade de circunstâncias com os humanos, às condições de possibilidade exigidas pelos formalismos do código penal em vigor.

Esta desinibida inscrição do mundo animal na praxis sociojurídica, através da qual homens e animais se equiparavam plenamente, até por se tratar de um esclarecedor exemplo do que é por excelência a alteridade histórica, oferece-nos, por um lado, um mundo de implicações e consequências que nos pode ajudar a ler os diversos regimes de historicidade pelos quais se pautou a evolução do relacionamento do homem com aqueles que Michelet apelidava de «nos frères inférieurs». Na confrontação, aliás, suscitada pela recodificação identitária em que vivemos, justamente à conta do atual momento de grande investimento teórico em torno da reconceptualização da ontologia animal e das suas múltiplas implicações ético-morais e jurídicas, não há como não ver nos processos envolvendo animais, em certo sentido, uma espécie de triunfo (ou devir) póstumo da era medieval. Hoje, em diversas frentes epistemológicas e sociais de combate e com todos os obstáculos que ainda se entreveem, reivindica-se, ao fim e ao resto, aquilo que os medievais, pelo menos em instância judicial, já consentiam aos animais: uma equivalência moral e jurídica.

Mas a inscrição animal, tal como a Idade Média a definiu, é também, e sobretudo, por outro lado, assaz reveladora de um momento histórico em que o imaginário se achava marcado por um notório e penetrante animismo, que fez com que muitas vezes a comunicação entre humanos e animais fosse espontânea e natural. Animismo corroborado, de resto, pelas múltiplas declinações da forte presença do imaginário animal em praticamente todas as vertentes da mundividência medieval (direito, heráldica, artes plásticas, religião, literatura, artes performativas, festividades populares, corpo político, etc.).

Daqui se compreende que o estudioso, em muitos casos, necessite, a compasso com a erudição, de uma intuição crítica suscetível de problematizar o visível-animal, seja qual for a sua modalidade expressiva, na pregnância das suas múltiplas dimensões. Porque os animais no pensamento e na sensibilidade medievais não se cingem à significação daquilo que são do ponto de vista biológico (um macaco não é apenas um macaco) e veiculam, em larga porção, e não raro com notável sofisticação, um dispositivo plurissignificativo de considerável alcance semântico.

Isto dito, o leitor do presente volume já terá percebido sem custo o seu inescapável horizonte científico: contribuir para aprofundar o conhecimento das principais modalidades da relação do homem medieval com o mundo animal. Neste sentido, os textos aqui coligidos, cada um com metodologias crítico -exegéticas específicas em função das questões de interpretação em debate, exploram possibilidades de releitura da Idade Média; e, nessa medida, constituem uma notável revisão de uma época histórica que, não se duvide, muito ainda tem para nos revelar e da qual é possível continuar a extrair pertinentes lições.

Razão pela qual esta obra também dirige um implícito convite ao leitor: que o seu recuo à historicidade dos valores medievais lhe forneça a distância necessária para, nesta temática dos limiares homem/animal, regressar ao presente com vontade de (re)pensar não só a condição animal mas, de igual modo, os animais sociais, políticos e morais que somos – nós, irredutíveis humanos, que, em muitos momentos do nosso quotidiano e, mais latamente, da nossa cultura, continuamos, em boa verdade e sem o saber, a presentificar o rasto do legado medieval.

Não é ocioso, antes de passarmos ao elenco dos contributos reunidos neste livro, fazer um parêntesis para sublinhar que, pervasivo no discurso teórico -crítico contemporâneo, o termo limiar, com seus derivados liminaridade ou liminalidade, emerge da inconsistência da fronteira que tende a substituir. Num quadro epistemológico em que o devir se sobrepõe ao ser, a fronteira delimita identidades de vária ordem: nacionais, culturais, de género, de idade, de espécie. Numa palavra, trata-se de um fator de estabilização de identidades coletivas, de um instrumento de separação e de discriminação, ou, se se preferir, de um entrave à fluidez do nosso mundo neo-heracliteano («tudo escorre»). Assim se compreende que a noção de fronteira tenha sido submetida a uma desconstrução crítica iniciada em maio 68 com o célebre slogan «Les frontières, on s’en fout!», intensificando-se decisivamente nos anos 1990 com a queda do Muro de Berlim e, pouco depois, com o irrestrito triunfo da Internet, espaço culminante de todas as liminaridades.

Isto não significou, evidentemente, a abolição da noção de fronteira. Melhor dizendo: criada no início do século xx por van Gennep no âmbito da sua teoria dos ritos de passagem, retomada mais tarde por Victor Turner numa aceção lata para lá dos contextos rituais, a noção de limiar e de liminaridade (ou liminalidade) tem vindo justamente a ocupar o lugar da fronteira. O que é o limiar senão, na verdade, uma fronteira porosa, flexível, propícia a aproximações, encontros, passagens e devires? Uma fronteira, sempre em estado provisório, é certo, mas precisamente, por essa razão, apta a lidar com mudanças imprevisíveis. Ou seja, capaz de percecionar com fundura aquilo que uma fonteira tradicional – habituada ao linear, ao caminho fixo entre dois pontos, ao calculado, enfim, ao delineado de forma a guiar o leitor num sentido previamente desejado – não vislumbra, emparedada que está pelas suas muralhas inamovíveis: fenómenos de reformulação em graus de ênfase variáveis, como sejam bifurcações inesperadas, incessantes sentidos em devir, divagações imprevistas e imprevisíveis, caminhos aleatórios conducentes a novas linhas de fuga, etc.

A escolha do termo limiar para figurar no título do livro que o leitor segura entre as mãos coloca-nos, e bem, sob o auspício daquilo a que Carlos Carreto chama muito apropriadamente, no seu artigo, «o novo mito epistemológico coletivo», assente num novo crime primordial (já não um parricídio mas um animalicídio), que Jacques Derrida consignou canonicamente em L’animal que donc je suis. Nessa obra fundacional, em que desconstrói a grande clivagem entre as categorias de homem e de animal, Derrida escreve de modo lapidar e esclarecedor o seguinte:

A discussão merece começar quando se trata de determinar o número, a forma, o sentido, a estrutura e a espessura foliada desse limite abissal, dessas bordas, dessa fronteira múltipla e redobrada. A discussão torna-se interessante quando, em vez de se perguntar se existe ou não um limite descontínuo, procura-se pensar o que se torna um limite quando ele é abissal, quando a fronteira não forma mais uma só linha indivisível mas linhas; e quando, em consequência, ela não se deixa mais traçar, nem objetivar nem contar como uma e indivisível (Derrida, 2006: 60).

Esta figura – rizomática, apetece acrescentar – da fronteira, desdobrada em múltiplas bordas e dobras, (de)formando um inextricável emaranhado de linhas, serve de fio condutor à orgânica deste livro, composto por quatro secções, sendo cada uma dedicada a uma modalidade de limiar. Há os limiares maravilhosos, lugares instáveis da irrupção do outro mundo (do feérico, do selvagem) no mundo humano, e nos quais a caça desempenha uma função essencial no (des)encontro entre humano e animal. E há os limiares simbólicos, pois o que é o símbolo – «epifania de um mistério», como o definia Gilbert Durand (1964:13) – senão um limiar entre visível e invisível?1 E não será preciso especial clarividência hermenêutica ou grande sagacidade crítica para defender e demonstrar na sátira socio-civilizacional, tal como nos surge no escárnio e maldizer, a presença também do limiar enquanto dobra.

Assim, a primeira secção, Limiares maravilhosos. Tradições e mutações do imaginário, reúne cinco artigos.

No primeiro texto (Livro das Aves de Lorvão: entre os esquecidos, um livro em busca de integração), Aires A. Nascimento, tendo por objeto de estudo o Liber Avium, refere-se à história desta emblemática obra, propondo uma (nova) hipótese explicativa da sua origem, e compagina-a, nas suas significações, com questões ambientais de hoje, enfatizando deste modo a atualidade do manuscrito de Lorvão.

María Jesús Lacarra (El delfín salvador, ecos hispânicos de uma leyenda medieval), recuando até à lenda justificativa do termo «delfim», recupera algumas tradições referentes à correlação dos golfinhos com os humanos num arco temporal que vai da antiguidade clássica à época medieval.

Teresa Araújo (A predição dos signos zoológicos, uma das mirabilia medievais? Revisões baladísticas, revisitandon os Mestres) traz a debate o «peculiar realismo» do romanceiro, advogado por Ramón Menéndez Pidal, socorrendo-se de contributos mais recentes e da releitura dos romances Profecia de la perdida de España e Predicción de la muerte del rey don Pedro.

Carlos F. Clamote Carreto (Quando os monges eram peixes e os cavaleiros golfinhos. Do devir animal ao devir da literatura), por seu turno, analisa os limiares entre o humano e o animal sob o pano de fundo de textos oriundos da tradição narrativa francesa (como Otia imperalia, de Gervásio de Tilbury, ou Conte du papegau), textos tematicamente aglutinados na órbita do mar, o mesmo é dizer, de um limiar fluído propício, como bem assinala o autor, a fenómenos de hibridação.

Imaculada García-Cervigón del Rey (Las primeras descripciones de los animales del Nuevo Mundo em la imprensa), por sua vez, com base no relato feito por Gonzalo Fernández de Oviedo dos animais e das plantas encontrados pelos portugueses no Novo Mundo, e amplamente divulgados graças aos bons préstimos técnicos da imprensa, revela como a partir do século xvi emergiu uma nova maneira de conhecer e interpretar o mundo animal.

Na segunda secção, Limiares cinegéticos. Presas e predadores, figuram três estudos centrados sobre a caça como dinâmica de passagem.

Marthe Czerbakoff (Animales como personas y cazadores inhumanos: la frontera antropozoologica em el Tratado de montería del siglo xv), especialista em literatura cinegética do período medieval, reflete sobre a fronteira entre o humano e o animal a partir de uma releitura de um Tratado de montería quatrocentista.

Guillaume Issartel (Rejoindre l’ours(e) au lit. La fée Mélior et son amant. Partonopeu de Blois, Guillaume de Parlene), recorrendo a dois romances cavaleirescos, evidencia como, de modo latente num e explícito noutro, ambos assentam numa estrutura mitológica através da qual emerge como herói de cada uma das narrativas a figura, muito em voga na Idade Média, do urso.

Margarida Esperança Pina (Limiar homem/animal ou a arte da mediação nos Lais Anónimos dos séculos xii e xiii e nos Lais de Marie de France), com base no imaginário literário dos lais, expõe a dupla funcionalidade dos animais nessas narrativas: medeiam a conexão do herói com o mundo maravilhoso e espelham a interioridade desses heróis.

Seguem-se os Limiares simbólicos, secção que reúne artigos discutindo as figurações metafóricas e alegoréticas dos animais.

Juan Manuel Cacho Blecua (El vino y los animales: león, cordero, cerdo, símio), apoiado no Libro de los exemplos por A. B. C., n.º 446, de Sánchez de Vercial, relaciona o vinho – ou melhor, o tipo de vinho – com os quatro humores dos quatro animais mencionados no item 5093 do Index of Exemplorum, de Tubach.

Ana Paiva Morais (Chescun em as nature diversement overañt – a exemplaridade dos animais nas Metaphorœ de Nicole Bozon) destaca nessa obra a dominante poeticamente estruturante dos animais.

Isabel Barros Dias (Metáfora animal e exortação à reflexão no ms. da Crónica de 1344 da Academia das Ciências de Lisboa), reportando-se ao manuscrito da Crónica 1344, nele recenseia os desenhos de animais, nomeadamente para enfatizar a relevância dessa iconografia no âmbito das interações entre texto, imagem e contexto ideológico-cultural.

Angélica Varandas (Quis dedit gallo intellegentiam? Chauntecleer e os limites entre o animal e o humano em The Nun’s Priest’s Tale de Geoffrey Chaucer), por seu lado, aborda a identificação entre o galo, animal conotado com qualidades positivas, e a figura do pregador sagrado num dos contos de Cantuária de G. Chaucer, demonstrando, entre outras coisas, a influência na composição desse conto da tradição medieval do Bestiário e do Aviário.

Ana Sirgado (Em um caballo cabalga um cavaleiro no romanceiro antigo), revisitando o romanceiro de tradição antiga, salienta nele a contiguidade dos elementos constitutivos do cavaleiro, a saber, o homem e o cavalo, perfazendo esses elementos uma unidade decisiva, realçada nos relatos bélicos de confrontos entre cristãos e mouros.

E, finalmente, a quarta secção é dedicada aos limiares satíricos através do estudo das cantigas de escárnio e maldizer e também da figura do bobo.

Esther Corral Díaz (Ímagenes equinas denigratorias em feminino em las líricas occitana y gallego-portuguesa) ilustra como em duas composições da lírica trovadoresca, uma de Alfonso x (Achei Sancha Anes enbalgada) e a outra de J. Garcia de Guilhade (Dona Ouroana, pois já besta avedes), em contraste com o que sucede com composições com equinos vinculados a referentes masculinos, as alusões femininas se revestem de insinuações de cariz marcadamente sexual.

Maria Isabel Morán Cabanas (Zoomorfismo e castelhanismo na discriminação étnico-religiosa e sexual do Cancioneiro Geral: marrano, perro e perra), em clave comparativa e multidisciplinar, estuda a rentabilidade semântico -funcional, no Cancioneiro Geral, de certos vocábulos zoomórficos inspirados nas espécies porcina e canina.

Deborah Gonzáléz (Ataques satíricos e alusões a animais nos debates dos trovadores) recenseia e comenta diversas menções animalescas em várias cantigas do corpus galego-português.

Por fim, Margarida Santos Alpalhão (A figura do bobo e os limiares homem/animal) foca a sua atenção crítica no bobo, figura com origens no ritual romano do mundo às avessas e, como sabemos, amplamente presente em festividades e na corte do período medieval, questionando os limiares humanos e animal por ela evocados.

Details

Pages
296
Year
2023
ISBN (PDF)
9783631895009
ISBN (ePUB)
9783631895016
ISBN (Hardcover)
9783631894644
DOI
10.3726/b20481
Language
Portuguese
Publication date
2023 (August)
Keywords
Medieval Literature living world imaginary animal studies zoopoetics
Published
Berlin, Bern, Bruxelles, New York, Oxford, Warszawa, Wien, 2023. 296 pp., 2 fig. b/w.

Biographical notes

Maria Cristina Álvares (Volume editor) Sérgio Guimarães de Sousa (Volume editor)

Cristina Álvares é professora associada com agregação na Universidade do Minho, Portugal. A sua área de especialização é a literatura francesa. Doutorou-se em 1997 com uma tese sobre o olhar no romance cortês em verso. Interessa-se especialmente por teorias da narrativa, teorias do inconsciente, estudos sobre o imaginário e zoopoética. Sérgio Guimarães de Sousa é professor associado na Universidade do Minho, Portugal. A sua área de especialização é a literatura portuguesa. Doutorou-se em 2006 com uma tese sobre o desejo na ficção de Camilo Castelo Branco. A sua investigação incide sobre literatura portuguesa e lusófona bem como sobre as relações da literatura com o cinema.

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